sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Para mim ou para eu? Qual o certo?




Na fala do último quadrinho, ocorre o enunciado: "Pensei em algo para eu fazer”.
Analisando-o, pode-se levantar uma questão: por que foi usado o pronome reto eu e não o pronome oblíquo tónico mim?

Bem, a resposta é simples. O pronome eu está exercendo a função de sujeito da forma verbal fazer e só as formas pronominais do caso reto exercem essa função.
Mas será que não se trata de uma contradição, já que a gramática diz que o sujeito nunca vem precedido de preposição e que os pronomes oblíquos tônicos, pelo contrário, sempre vêm precedidos de uma?

Pensemos um pouco mais: no enunciado acima, a preposição não está regendo o pronome, e sim o verbo da oração reduzida de infinitivo, indicando finalidade. Vamos, agora, comparar duas estruturas: Pensei em algo para fazermos. Pensei em algo para fazer.
Na primeira, o sujeito da forma verbal no infinitivo é nós, como nos indica a desinência de primeira pessoa do plural “-mos”. Na segunda, o sujeito é eu.

O que teria levado Jon, o dono de Garfield, a empregar o pronome pessoal? Simples: diante da pouca receptividade do gato à ideia de fazer algo, ele quis enfatizar o sujeito (para eu fazer). Em outras palavras: somente ele, Jon; Garfield está fora dessa!

Espero que não somente meus alunos aproveitem esta dica. E se você tiver alguma outra cuja resposta não esteja aqui no blog, acesse nossa página no Facebook [curta a fan page no alto da coluna lateral do blog] e poste lá suas indagações.

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