sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Seleção de exercícios de concordância


Exercícios de português.
Concordância verbal e nominal.
Concordância verbal e nominal.


Lista de exercícios de concordância verbal e nominal


1. (ACAFE-SC) Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços na frase:
Hoje, quem......, porque, ontem,......tu que ...... .
a) paga sou eu - foste - pagaste
b) paga sou eu - foi - pagou
c) paga sou eu - foste - pagou
d) paga é eu - foi - pagaste
e) paga sou eu - fostes – pagastes

2. (FUVEST-SP) "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato."
Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras em destaque no trecho acima transcrito, teríamos, respectivamente, as seguintes formas:
a) procurais, ver-vos, vosso
b) procura, vê-la, seu
c) procura, vê-lo, vosso
d) procurais, vê-la, vosso
e) procurais, ver-vos, seu

3. (FUVEST-SP) "Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem." (Rubem Braga)
Suponha que o início desse período seja: "Mas aqueles...". Reescreva o período, fazendo apenas as alterações que se tornarem gramaticalmente necessárias.
R.: Mas aqueles pendões firmes, verticais, beijados pelo vento do mar, vieram enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.

4. (ITA-SP) Escolha a alternativa que melhor se ajuste ao padrão de língua culta proposto pela teoria gramatical, quanto à forma de tratamento e suas consequências no processo de concordância:
"Tomamos a liberdade, Senhor Ministro, de pedir-......a ...... interferência nos canais de televisão. Se......, V Exa. será......dos nossos veementes aplausos."
a) vos, vossa, intervirdes, merecedora
b) lhe, sua, intervier, merecedor
c) te, tua, intervieres, merecedora
d) lhe, sua, intervir, merecedora
e) vos, sua, intervir, merecedor

5. (PUCC-SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em que a concordância verbal esteja correta.
a) Discutiu-se a semana toda os acordos que têm de ser assinados nos próximos dias.
b) Poderá haver novas reuniões, mas eles discutem agora sobre que produtos recairão, a partir de janeiro, a sobretaxa de exportação.
c) Entre os dois diretores deveria existir sérias divergências, pois a maior parte dos funcionários nunca os tinha visto juntos.
d) Faltava ainda dez votos, e já se comemoravam os resultados.
e) Eles hão de decidir ainda hoje, pois faz mais de dez horas que estão reunidos naquela sala.

6. (PUCC-SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em que a concordância verbal está correta.
a) As análises dos especialistas e do presidente prevê uma queda no setor, mas o boletim da empresa sobre as vendas efetuadas no último mês justificam que não se perca o otimismo.
b) Restava, no momento, poucas esperanças de acordo, mas ela, e principalmente eu, não deixava transparecer nenhum desânimo.
c) Podem existir, agora, poucas pessoas dispostas a enfrentar este pequeno problema, mas já houve muitas outras ocasiões em que sacrifícios bem maiores foram exigidos de nós.
d) A vida e a dignidade das pessoas está posta em risco quando falta, por parte delas, recursos para atender às suas necessidades básicas.
e)   Foi encontrado no meio dos escombros muitos esqueletos, e já se levantou, entre os cientistas, hipóteses de que seja de animais pré-históricos.

7. (UFGO) No conhecido verso de um rock - "a gente somos inútil" -, ocorre uma concordância que, apesar de ser condenada pelos padrões gramaticais da língua culta, é comum na fala popular. Como se explica esta possibilidade de construção na língua portuguesa?
R.: Está-se fazendo a concordância do verbo com a ideia transmitida pela expressão a gente (= nós), e não com a forma (terceira pessoa do singular) dessa expressão. Essa concordância ideológica recebe o nome de silepse.

8. (UNICAMP-SP) No diálogo transcrito a seguir, um dos interlocutores é falante de uma variedade de português que apresenta uma série de diferenças com relação ao português culto. Identifique, na fala desse interlocutor, as marcas formais dessas diferenças e transcreva-as. Faça, a seguir, uma hipótese sobre quem poderia ser essa pessoa (sua classe social e seu grau de escolaridade).

Interlucutor 1: Por que o senhor acha que o pessoal não está mais querendo tocar?
Interlocutor 2: É... a rapaziada nova agora não são mais como era quando nós ia, não senhora. Quando nós saía com o Congo nós levava aquele respeito com o mestre que saía com nós, né? Então nós ficava ali, se fosse tomar arguma bebida só tomava na hora que nós vinhesse embora.

R.: O interlocutor 2 não obedece às regras de concordância verbal ditadas pela norma culta. Para perceber isso, devem-se observar os casos "a rapaziada... não são...", "nós ia", "nós saía", "nós levava", "nós ficava", "nós vinhesse". Além disso, o falante utiliza algumas formas linguísticas diferentes daquelas da língua padrão: "com nós", "arguma", "vinhesse". Trata-se claramente de um membro das camadas populares, possivelmente morador de alguma (pequena) cidade do interior

9. (UNICAMP-SP) As declarações que se seguem são atribuídas a uma alta autoridade do governo. Identifique e comente os trechos em que a transcrição sugere um falante que não foi capaz de expressar-se em português culto, de forma adequada ao seu papel social.
"Alta autoridade do governo paulista garantiu ontem que as investigações para apurar os responsáveis pelo sequestro do ex-vice-presidente do Bradesco, António Beltran Martinez, terão prosseguimento, mesmo que fique comprovada a participação de 'pessoas influentes e importantes'. 'Tudo aquilo que a polícia necessitar de meios para chegar a esse objetivo, ela terá a responsabilidade de apurar até o fim, doa a quem doer esses fatos:"(Diário do Povo, 9/10/87)

R.: Além do caos sintático da frase, que a torna quase ininteligível deve-se notar a falta de concordância verbal em "doa a quem doer esses fatos", que deveria ser "doam a quem doer esses fatos". A frase deveria ser algo como: Utilizando todos os meios de que necessitar, a polícia terá a responsabilidade de apurar até o fim esses fatos, doam a quem doer.

10. (UNICAMP-SP) O jornal Folha de S.Paulo introduz com o seguinte comentário uma entrevista (8/12/88) com o professor Paulo Freire:
"A gente cheguemos" não será uma construção gramatical errada na gestão do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.
Os trechos da entrevista nos quais a Folha se baseou para fazer tal comentário foram os seguintes: "— A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada (...) Uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela sua.”
"- Esses oito milhões de meninos vêm da periferia do Brasil (...) Precisamos respeitar a [sua] sintaxe mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa, às vezes é mais bonita que a minha. E, mostrando tudo isso, dizer a ele: Mas para tua própria vida tu precisas dizer 'a gente chegou' [em vez de 'a gente cheguemos']. Isso é diferente, [a abordagem] é diferente. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade."
Responda de forma sucinta:
a)  Qual é a posição defendida pelo Professor Paulo Freire em relação à correção de erros gramaticais na escola?

R.: O professor defende que se deve respeitar a forma de língua em que as crianças se expressam, levando-as a perceber que essa forma, no entanto, não é a que o país considera oficial. Deve-se também ensinar a forma oficial, a norma culta, a essas crianças.

b) O comentário do jornal faz justiça ao pensamento do educador? Justifique a sua resposta.

R.: Não, o comentário do jornal é maldosamente tendencioso, atribuindo ao professor uma atitude de "valorização

Gabarito dos exercícios de alternativa

1-A, 2-B, 4-B, 5-E, 6-C





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